Depressão: Definição, Transtornos e Tratamento

Artigo sobre Depressão: Tudo o que você precisa saber

INTRODUÇÃO

Este artigo tem a proposta de abranger o tema depressão de um modo completo, de fácil entendimento e com recortes independentes da leitura total.

Porém, caso esteja procurando por psicoterapia (presencial ou à distância), te disponibilizo aqui um botão para entrar em contato:

Voltando ao artigo, abaixo temos os links que direcionam para cada tópico relativo. Assim, caso queira, poderá ir direto para a parte que te interessa.

  1. O que é doença?
  2. O que é doença mental ou psíquica?
  3. Tristeza x Depressão
  4. Tipos de Transtornos Depressivos
    1. Sintomas comuns
    2. Transtorno Depressivo Maior
    3. Transtorno Depressivo Persistente (Distimia)
  5. Tratamentos
    1. Contato Profissional

No mais, o artigo foi escrito com muito carinho e cuidado, para conseguir te transmitir e passar tudo o que você precisa saber sobre depressão.

O QUE É DOENÇA?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.

Ou seja, não basta sentir-se bem fisicamente para considerar que está saudável. Se por acaso está sofrendo com questões relacionadas à sociedade ou suas emoções, sua saúde está prejudicada.

Veremos isso mais à frente, mas preocupações relacionadas ao trabalho, à família, à vizinhança, segurança pública ou até mesmo financeira, são questões que exemplificam o bem-estar mental e social.

A doença física não é apenas a que afeta a saúde como um todo
A doença física não é apenas a que afeta a saúde como um todo

Obviamente que o físico também conta como um fator para a saúde, mas aqui queria deixar claro que não é apenas ele que conta para o nosso pleno bem-estar.

Além desse aspecto, gostaria que tivesse em mente que a doença também pode ser considerada uma disfunção. Seja do corpo, do pensamento, emoções ou até mesmo da sociedade.

Por exemplo, se a função do rim é filtrar o sangue e de repente ele para de fazer isso, temos um aspecto disfuncional a ser tratado (pois ele parou de fazer o que deveria fazer). Nesse caso, entendemos como uma doença.

Conseguiu pegar o raciocínio de disfuncional? Então vamos para o próximo texto!

O QUE É DOENÇA MENTAL OU PSÍQUICA

Primeiro de tudo, precisamos desmistificar, questionar e reconstruir o conceito de doença mental.

Graças às instituições de tratamento aos alienados e doentes mentais (conhecidos como manicômios e hospícios) que surgiram no século XIX no Brasil (XV na Europa) e a marca que deixaram no mundo, temos uma visão errada sobre o que é conhecido como doença mental.

Isso consequenciou em um pensamento muito prejudicial, que faz com que deixemos de nos cuidar para não nos considerarmos “loucos” (por nós mesmos ou pelos outros).

Se você pega uma gripe ou quebra um osso, procura cuidar e fazer um tratamento.

Mas se começa a sentir desconforto por conta dos seus sentimentos que consequenciam em ansiedade, depressão, Burnout e dentre outras infinidades de doenças mentais, negligenciamos isso ou tentamos esconder pois não gostamos de assumir fraqueza (ou até mesmo vergonha pelo o que os outros pensarão de nós).

As doenças que advém dos pensamentos e dos sentimentos, estão relacionadas diretamente com o funcionamento bioquímico do nosso corpo… e gostando ou não, assumindo ou não, elas existem.

E acontece que não somos loucos só por sentir o que sentimos. Sentir só prova que estamos vivos e vivendo a vida conforme as nossas possibilidades.

Então não, ter ansiedade, depressão ou sofrer emocionalmente não é sinal de loucura, mas sinal de que seu corpo e mente precisam de cuidados.

É normal ter dúvidas sobre o que sente

Se lembra do conceito de disfuncional? Pois bem! Acontece que tudo o que sentimos possuem certas funções, seja para nos proteger, nos dar prazer ou até mesmo nos apontar aspectos que carecem da nossa atenção.

Porém, se o que sentimos é sentido de forma disfuncional… bom, então sabemos que precisamos de cuidados. Certo?

E como saber no caso da tristeza, se ela é disfuncional ou não? Sobre isso, trataremos nesse próximo tópico.

TRISTEZA X DEPRESSÃO

Um ponto importante é diferenciar tristeza de depressão, pois tristezas pontuais e isoladas não caracterizam completamente a depressão, sendo apenas um sentimento universal, assim como a ansiedade. Desta forma, não é necessariamente uma doença, mas sim, um sentimento psíquico normal.

Geralmente, o indivíduo que está triste correlaciona o sentimento a algum evento… já na depressão, essa correlação não é tão simples de ser estabelecida, podendo ser devido a vários fatores ou a nenhum em específico, não existindo necessariamente um nexo causal.

TIPOS DE TRANSTORNOS DEPRESSIVOS

Os transtornos depressivos são classificados a partir da presença de um humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações no corpo e na mente que afetam de forma significativa quem sofre com um desses transtornos.

Você já deve ter percebido que estou me referindo a eles no plural.

Isso acontece pois existe mais de um tipo de transtorno depressivo, sendo descrito no DSM V (a bíblia da psiquiatria) algumas classificações de depressões que se diferem basicamente por aspectos de duração, momento e etimologia.

Basicamente, os transtornos depressivos causam prejuízos na vida pessoal, familiar e profissional de quem sofre algum deles. Também há intenso sofrimento emocional e sintomas que afetam o corpo.

Aqui trataremos dos mais comuns e que são descritos no DSM V, como o Transtorno Depressivo Maior e o Transtorno Depressivo Persistente (Distimia).

Há outros transtornos depressivos nesse manual, todavia eles basicamente refletem os sintomas desses outros dois transtornos que mencionei e particularidades que envolvem idade, gênero, uso de substâncias e outras condições médicas.

SINTOMAS COMUNS

A depressão de modo geral reflete primordialmente sintomas de humor deprimido e profunda perda de interesse ou prazer sobre as coisas e atividades que antes eram agradáveis.

Mantendo os sintomas mencionados acima, também são característicos:

  • alteração no apetite e no peso físico;
  • alteração no sono;
  • fadiga;
  • baixa autoestima;
  • dificuldade em se concentrar;
  • e, desesperança.

TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

No Transtorno Depressivo Maior, o paciente possui pelo menos metade dos sintomas apresentados anteriormente, com o agravante de poder apresentar um sintoma que pode por em risco sua própria vida.

Esse sintoma é caracterizado pelos pensamentos que a pessoa possui sobre morte (como ideações suicidas). E em situações mais graves, há tentativa de suicídio decorrente dessas suas alterações e percepções sobre si e o mundo.

Nesse transtorno há a possibilidade dos sintomas interferirem de três modos na vida da pessoa. O primeiro é quando ela consegue seguir a sua vida e manter as suas relações, apesar do pesar intenso dos sintomas.

O segundo é quando a pessoa começa a falhar em alguns compromissos, postergando algo ou até mesmo justificando sua falta em outros motivos. E o terceiro é quando ela não suporta mais sair de casa (e por vezes nem da cama), se isolando e agravando sua situação.

TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (DISTIMIA)

No Transtorno Depressivo Persistente (ou Distimia), os sintomas mencionados anteriormente aparecem, porém de forma muito mais leve (do que se comparado com a depressão maior).

Muita das vezes as pessoas convivem com esse transtorno e nem sabem, assumindo que na verdade ele seja parte da sua personalidade. Parte disso se dá graças ao longo período que ele se mantém na vida de quem o sente, sendo de no mínimo dois anos.

TRATAMENTOS

O tratamento se dá especialmente por meio de psicólogo e médico psiquiatra, seja para ajudar em questões comportamentais e com os sintomas físicos.

Sabemos que a depressão pode ocorrer por traumas, modos de ver o mundo, pensamentos e comportamentos disfuncionais que prejudicam o cotidiano de quem sofre por algum dos transtornos descritos aqui.

Desse modo, o tratamento psicoterápico é feito com acompanhamento para investigação, reflexão e exercícios propostos pelo psicólogo afim de auxiliar o paciente com suas questões.

Um caminho que tem se mostrado eficaz é a utilização do tratamento neurométrico em conjunto com a psicoterapia.

O tratamento neurométrico consiste em treinar o corpo para lidar com a depressão, e por realizar leituras da frequência cardíaca, respiratória e dos sinais cerebrais, torna o resultado observável e com possibilidade de avaliação sobre como está o tratamento psicoterápico.

No caso do médico psiquiatra, dependendo da avaliação, entrará com tratamento medicamentoso afim de diminuir o desconforto desencadeado no corpo e auxiliar o psicólogo no seu trabalho.

Não deixe de se cuidar e procurar por acompanhamento especializado.

Se precisa de uma avaliação ou de tratamento, entre em contato para marcar a sua consulta clicando no botão abaixo: